ilusão

Monday, August 28, 2006



Escrevo-te..é a minha única maneira de ainda te ter.Ter o que nunca tive. Como se vive sem ti? com a certeza de que nada mais irá fazer sentido?..
Morro. Mato-me muitas vezes por dia na tentativa de renascer sem o desejo incessante de te procurar.
Não me vejo em ti. A outra. Sempra a outra. Vejo.me através dela e desprezo-me..Quero ver-me morrer mas para não voltar a renascer.
Porque me dizem teus olhos o que a boca não diz?..sintonia..fracasso..sei que te amo..mas não acredito no amor..essa coisa inexistente que me perturba tanto..sei que te amo porque sofro..dói sempre quando se ama alguem mais do que a nós próprios..
Não acreditas em mim..nunca o fizeste. Desconfias de cada palavra que pronuncie...
Nesse teu mundo reina a alegria, mas também a desconfiança..eu vivo no mundo em que a mentira não existe..não tenho que provar o que sou, o que sinto..se assim fosse nada teria sentido.
Não me conheçeste...tenho pena disso. Não te cunheçi. Pelo menos não cunheçi aquela pessoa que queria conheçer..Conheçi-te a ti..e a imagem que me deixaste é negra. Só consigo destinguir nela o que a minha imaginação apela consoante o meu estado de espirito..e mesmo assim amo-te. Amar-te-ei sempre.Mesmo que não exista o amor. Mesmo que não saiba o que é o amor. Amo esse negro que me deixaste. Amo cada sorriso, cada lágrima, cada frustração. Cada toque teu. E mesmo depois de te enterrar continuarei a amar-te em silêncio. A desejar ter a presença que não tive. A ver-me enrolada nos teus braços. Sentir o teu perfume. E cada toque no meu corpo nunca igualará o teu toque. Irei sempre deitar-me com teu nome engasgado na lingua...
Acordarei sempre com sede de te ver. E mesmo depois de te enterrar irei ver o teu fantasma e vou ter saudades do negro que me deixaste. Vou ter saudades daquele que não conheçi. Vou ter saudades do amor que sinto por ti, mesmo sem acreditar no amor. E quando um dia acordar sem sede do teu sorriso e de tudo aquilo que sou quando estou contigo saberei que finalmente sou feliz.. e nao me vou preocupar a procurar a autenticidade dessa felicidade..
Por enquanto grito..até que a garganta me doa. Até que a voz cesse de te chamar. Grito. Tu olhas.me..não me ouves. Olhas.me e caminhas para o teu mundo..e enquanto não me conformar com a tua decisão irás sempre fazer parte de mim..e um dia também vou ter coragem de te fechar as portas e de te deixar do outro lado..Preto no preto.Branco no branco. Serás sempre tu..
Serei sempre eu...
Serei sempre tua..

Parto na Fúria de uma tempestade.
A mesma que me trouxe a ti.
Morreu o sentimento.
A vontade matou.o...

..

Acho fantástica a vontade ilimitada que o ser humano tem de se agarra a algo..A Deus, à familia, a sentimentos..Nunca somos somente nós próprios. eu sou eue e sempre mais alguem, ou sempre mais alguma coisa. E se estou triste não é pela minha infinta vontade de o estar, mas sempre por culpa de algo, ou de alguém. A nossa aura transborda hipocrisia. Estou farta deste corpo igual a tantos outros..Odeio olhar ao espelho e ver que sou a minha própria crítica em pessoa. Ninguem é verdadeiramente livre. Estamos constantemnte ancorados a prisões de liberdades fingidas que nos prendem a algo, a alguem..no meu caso a ti e a todo este sentimento que me controla..Estou cansada de mim..(ou será de ti?).
Rasgo.me.
Se não tiver corpo, sou o nada em concreto, sendo nada, a nada me poderei agarrar..fico só eu.
Rasgo.me.
Deixo de me ver em ti.

nada e tudo


Vivo entre o nada e o tudo..estou tão cansada de mim..no sonho consigo sentir o quente dos sentimentos, chamas intensas que me envolvem..ao acordar as chamas acabam sempre por morrer..é tempo de desistir.
Não podes esperar que meus olhos sorriam quando vos vejo...~
Meu coração sufoca na tentativa de te arrancar de lá..e é tão dificil dizer as palavras certas, dizer o que quero de ti.
A mão.O Corpo.O meu corpo.O quente do desejo.O proibido.O desejo mais uma vez.A loucura.
Os meus ouvidos imaginam palavras que anseiam ouvir, os lábios tocam a pele da imaginação, beijam, sentem-lhe o gosto..devoram lentamente cada pedaço do que é teu com uma sede insaciável, com o desejo proibido que se torna possivel no sonho.MAs é tempo de acordar.Todo o tempo acaba.E o que é doce torna.se amargo.A alegria mergulha no abismo da tristeza.Rasgo minha pele na tentativa de te eskeçer....
Sujo-me na realidade fingida que me prende a ti..
Olho-me e não me vejo..estranha criatura submersa em imagens reais..
Que sou eu afinal? Sei o que fui...Sei o que quero ser..mas o que sou?
Um pedaço de pele oco seguro por laços familiares..sou um pouco de tudo e acabo por não conseguir ser nada..
Esta vontade de te querer corre-me nas veias, no sangue, no sonho, no inconsciente que me faz querer-te tanto...tenho sede de ti!

Sunday, August 27, 2006

Ausência

Ausência. È nela que te procuro e não te acho...
Fecho minhas mãos contra parades cerradas.
Não estou só.(Então onde estás?)
Porque te amo se não existes onde me encontro?
O eterno não é infinito e a esperança morre...mas os olhos não se fecham.
...esperar por ti na imensisão do nada. Não existes.O que és não te definie. Ès o todo...mas não para mim. E desfaço-me em pétalas que não morrem...Ausência...Porque existes em mim?

morro

Morro. Não te darei o prazer de me veres morrer.
Amo os espinhos de uma folha que perdi no vento...naquela noite fria em que não te lembraste de mim..